© The Neotropical Ornithological Society ONE-PARENT NESTING IN CINNAMON-VENTED PIHAS

Resumo. Cuidado do ninho por um adulto em cricrió-suisso (Lipaugus lanioides, Cotinginae). Dois ninhos de cricrió-suisso das matas serranas do Espírito Santo, Brasil, mostraram que o comportamento anti-preda-dor pode auxiliar na explicação de não monogamia. Contrário à idéia que a frugivoria ocasiona promiscui-dade, a espécie é um tiranídeo de pernas curtas, alimentando-se de insetos grandes como gafanhotos e louva-a-deus assim como frutos; a maioria do alimento trazido para o filhote era insetos. A evolução para o uso de níveis médios escuros e abertos da floresta, com movimentos em cadeia atrás de alimento, pode ter forçado os cricriós a abrirem mão da territorialidade do macho (locais de frutificação sendo mutáveis, as brigas perigosas e a detecção de oponentes difíceis) e a guarda do par (seguindo ou chamando-a, peri-goso e a detecção da fêmea camuflada difícil), parcialmente devido à presença de gaviões que caçam por tocaia. Assim, os dois métodos principais de prevenção de cópulas extra-par tornaram-se difíceis, enquanto os machos não eram apenas emancipados do cuidado do ninho mas atacados pelas fêmeas por-que eles exploram o alimento ou atraem predadores próximos ao ninho. Um filhote silencioso e imóvel auxilia a evitar os predadores embora eliminando as vantagens da ajuda do macho. Períodos de incubação e de criação no ninho longos (25–26 dias) e visitas dispersas permitem aproximações lentas e cuidadosas pela fêmea. Talvez a ajuda do macho não auxiliaria em encurtar o desenvolvimento do jovem tiranídeo qu